Para fazer gol no Arsenal não é preciso ter muitas qualidades. Mesmo contando com os méritos do adversário, é sempre a zaga tricolor quem convoca os adversários para fazerem o que bem entenderem na nossa defesa.
Muito do que aconteceu no jogo foi retratado pela consternação dos jogadores mais experientes ao final da partida. O capitão Lauro criticou duramente os garotos: "Esses caras estavam num dia que vou te contar. É complicado, é chato ficar reclamando. Não que os guris nao saibam jogar, mas falta um pouco de tático. O cara quer fazer a jogada, aponta, grita, gesticula. Mas parece que ninguém vê, ninguém escuta, ninguém se movimenta. Só querem jogar naquele bumba-meu-boi deles, parece que ainda estão no campeonatinho play-off do Arena. Tem que sair desse mundinho deles. Inter FC, Dark Manchester, Sparta, aquilo é brincadeira. O Arsenal é coisa séria, nós não corremos 5 anos por essa camisa por bobagem. Pra jogar aqui tem que suar sangue, porque ganhando ou perdendo, aqui sempre foi assim. Posso estar sendo duro, mas essa é a realidade. Os times vivem de vitórias, e não de parceria, bruxismo. Se vão querer continuar, nao dá pra aliviar com eles, vão ter que saber lidar com a cobrança."
Muito além da derrota, e de qualquer avaliação interna, a atuação desta quinta-feira foi definitiva no aviso: não empolguem-se com este time do Arsenal. Até as vitórias recentes diziam o mesmo e reforçavam que é preciso pensar jogo a jogo, sem um objetivo muito pretensioso para o final. O que mais irritou no embate com o São José foi a falta de agressividade – que tanto se falou nesta semana – para atacar e concluir.
Fora o baile, o fim da sequência de vitórias no ano serve para mostrar que o time está longe de passar segurança e de ser o ideal. A goleada é o menor dos nossos problemas.